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Mixtapes and Noisemates 7

01.Dead in the Dirt – The Screaming Wind
02.Contemporary Noise Sextet – Unaffected Thought Flow (Part1)
03.Dragged Into Sunlight – Boiled Angel/Buried With Leeches
04.Black Engine – I Hate Clowns
05.Baptists – Good Parenting/Farmed
06.Mostly Other People Do the Killing – Pen Argyl
07.On Pain Of Death – Year Naught Doom
08.Scorch Trio – Furskunjt
09.Botanist – Convolvulus Althaeoides
10.Fulborn Teversham – Count Herbert II
11.Boris with Merzbow – Akuma no Uta
12.Peter Brötzmann & Paal Nilssen-Love – Glasgow Kiss

Download / Facebook / Bemônio

Por Al Schenkel

Após vários meses sem atualizações, a coluna Mixtapes & Noisemates orgulhosamente retorna mais barulhenta, pesada e dissonante do que nunca. E para a sétima edição chamamos Paulo Caetano, idealizador do projeto carioca de drone/dark ambient/noise que ao lado de Gustavo Matos formam o Bemônio.

Criada em janeiro de 2012 e apesar do pouco tempo de bagagem o duo já nos brindou com excelentes e elogiados trabalhos: “Vulgatam Clementinam”, “Ascoltare durante Il pranzo dopo la noia”, “Serenata”, “OPSCURUM” — esse último, uma faixa de 24 minutos contínua, dividida em nove interlúdios, e recentemente lançaram “SANTO”, disco de quatorze faixas com diversas participações, tendo a masterização e mixagem assinada por Steve Austin, da mítica banda norte-americana Today is The Day.

Com texto e escolha de doze faixas feitas pelo convidado da vez, como de praxe, abaixo você poderá conferir uma amostra do que tem rolado como trilha sonora no universo particular do músico e algumas das influências que ajudam a forjar a musicalidade obscura, única e ruidosa do Bemônio.  

Por Paulo Caetano

Bemônio surgiu por uma junção de fatores musicais que a primeiro modo de analisar não casam, mas pra mim casa.

Essas escolhas de todas as bandas apontam uma relação de estilos, que a grosso modo pode a princípio parecer distantes um das outras mas que pra mim. O jazz avantgarde, fusion, sempre me trouxe algo agressivo, da mesma forma que o crust e grind me trouxe. Por isso da escolha de bandas como Contemporary Noise Sextet e na sequência Dragged Into Sunlight, são estilos isolados mas que pra mim tem a mesma agressividade e variedade no som.

Bemônio traz tudo que possuímos de referência, de cultura musical, não conseguimos abranger tudo, devido a complexidade técnica musical, mas buscamos referências em tudo que nos rodeia.

Cada banda dessa, apesar de serem novas a minha audição, são referências que me baseiam desde as origens, quando ouvia Carcass – Necroticism – Descanting the Insalubrious até Naked City – Torture Garden/Leng Tche.

Não só isso, mas o pop dos anos 80, como Duran Duran, The Cure entre outros que não quis relatar nessa compilação pois iria ficar esquizofrênico demais.

A alternância das bandas sempre se dá em bandas grind/metal pra jazz avantgarde, para dar um link da agressividade de cada um gerando uma mixtape que ocasionará distúrbios sonoros e agrado aos que não conhecem.

Bemônio não toca guitarra, mas faz a agressividade da guitarra num synth, ou num baixo. E acho que a agressividade está também nessas bandas, num sax, sax tenor ou numa batera, podendo atribuir sem rótulos, mas no jeito como expressam.

1.”Snakes & Ladders” – 3:58
2.”Hiena” – 3:14
3.”Wall Branco” – 4:10
4″Séance” – 5:00
5.”Δ (A)” – 6:08
6.”Memória Perdida” – 5:27
7.”A Lei de Fuga” – 6:08
8.”Ausência” – 6:30

Download

“Absence” é o terceiro e último disco da banda australiana Snowman, lançado no dia 3 de Junho de 2011 através do Dot Dash Recordings. O álbum foi produzido pela própria banda e por Aaron Cupples (The Drones, Dan kelly, Paul Kelly) em diversos locais de Londres. Após o lançamento do álbum a banda anunciou sua separação. O Snowman foi um quarteto de ambient/tribal/noise baseado em Londres e originalmente surgido em Perth, na Austrália, em 2002 e formado por Joseph McKee, Aditya Citawarman, Olga Sigurthorsdottir e Ross Di Blasio.  Diferentemente de seu barulhento e elogiadíssimo antecessor “The Horse, The Rat and the Swan”, de 2008,  em “Absence” a sonoridade segue uma linha ainda mais introspectiva, carregada em ambiências e vocais etéreos, seguidas das características melodias tribais ameaçadoras sempre presentes na excelência de seus trabalhos. Uma banda que fará muita falta mas que encerra suas atividades com com chaves de ouro.